Minha relação com a argila começou na adolescência. Em um período de tantas mudanças, a cerâmica surgiu como um espaço de transformação de emoções, de liberdade e pertencimento.
Mas foi somente tempos depois que decidi resgatar essa prática — e, aos poucos, ela foi tomando uma proporção maior. Mais recentemente, morando na Indonésia, a cerâmica voltou de forma visceral.
O Studio Api é meu mais novo projeto.
'Api’ em Indonésio, quer dizer fogo — o fogo que move e energiza.
E o fogo que queima o barro, deixando marcas e transformando o que antes era frágil em forte e eterno.
Com as minhas peças, quero questionar a ideia de perfeição e de tempo.
Quero valorizar o processo e a identidade natural do barro.
As formas são orgânicas, as texturas nascem de elementos da natureza.
E a experimentação é uma constante.
Numa jornada infinita de aprendizados, que busca estabelecer um diálogo e encontrar uma conexão no outro.