"É uma liberdade muito grande poder ser inteira sem ser exata.”
Meu processo é totalmente manual e respeita o tempo, a natureza e a matéria. Utilizo técnicas ancestrais, como o acordelado e o pinch pot, moldando a argila com as mãos de forma lenta e intuitiva. É nesse ritmo desacelerado que encontro espaço para o silêncio e pra escuta. E que muitas vezes deixo o barro me guiar, modificando minha intenção inicial e me mostrando novos caminhos.
Cada peça é única e conta a sua história.
As ranhuras, as assimetrias, as texturas — tudo é expressão do instante em que a argila foi tocada. Eu busco valorizar a identidade natural do barro, numa tentativa de devolver para a natureza algo que pareça nunca ter deixado de estar nela.
Produzo em pequena escala, aproveitando ao máximo o material, reciclando sobras e evitando desperdícios. Todo o processo reflete meu compromisso com um fazer consciente e conectado.